Dora Brisa
Quando a noite chega,
Fecho portas e janelas,
Escureço...
Na madrugada,
Um uivo (dor!) - estremeço...
O tempo passa,
O relógio insistente,
Esqueço...
Busco outro tempo,
Outras vidas,
Outro endereço...
Vejo-me em grande salão,
A bailar como flor,
De mão em mão...
Em pouco tempo, feneço...
Agora, será que me deu?
Fascinado, recolhido neste Liceu,
Enlouqueço...
Vou-me embora, sem bagagem,
Enrubesço...
Não há mais tempo,
Nem apreço,
Para salvar minha loucura.
Chega o dia:
Amanheço...
Portas e janelas resistem...
Sem poder abri-las,
Mais uma vez anoiteço...
O relógio estanca o tempo...
No vazio, adormeço...
Voz - Helena Antoun:
quinta-feira, 14 de abril de 2011
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