Dora Brisa
Vem, toca as minhas
mãos,
Vê como são
trêmulas e frias,
Tão trêmulas e tão
frias,
Como devem ser as
mãos
De toda gente.
Vem, me dá um
abraço,
Um abraço de alma
inteira,
Um abraço
aconchegante, quente,
Um abraço
silencioso,
Como deveria ter
toda gente.
Vem, ouve meu
mutismo cansado,
Silêncio feito de
nadas,
Depois de ter ouvido
tudo,
Até os gritos de
dor, de medo,
Gritos de toda
gente.
Vem, me conta
histórias,
Fala de vidas que
não são minhas,
Lembra comigo a tua
infância,
Chora e ri da minha
(tua) vida,
Tão vivida, como de
toda gente.
Vem me dizer que
tudo passa:
As nuvens, o sol, a
chuva,
As feridas que
sangram e cicatrizam.
Mas me diga que
também a vida
Passa, como toda
gente.
Vem, embala minha
alma cansada,
Canta a tua canção
pra mim.
Não, não diga mais
nada,
Adormeça comigo, na
noite sem fim,
Enquanto ainda sonha
toda gente.
Vem... Vem...
Voz - Rosany Costa:
Muito tempo hein,parabéns pelo poema confesso que também estou cansado...mas a vida é assim bjs
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