sábado, 14 de janeiro de 2012

Odu

Foto: Denise

Dora Brisa

Minha alma, com sede,
É tão vadia, que,
Às vezes, sou pássaro,
Outras, uma rede...
Imersa nesse vazio
Em que me vejo,
Encho-me de sonhos,
Dentro do nada que desejo...
Tanto me reconheço
Presa à liberdade,
Que já não posso mais
Refugiar-me na superficialidade.
Do nada para o nada,
Minha alma vadia continua
Buscando repouso, em rua deserta,
Na poça d’água sem lua...

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