Dora
Brisa
Um
dia,
Eu
morrerei,
Tu
morrerás,
Ele
morrerá,
Nós
morreremos,
Vós
morrereis,
Eles
morrerão.
Assim
mesmo:
Num
dia qualquer,
Numa
noite qualquer.
Não
importa.
Morreremos
– todos.
No
primeiro dia,
Chorarão
a nossa morte,
Em
lágrimas de saudade
E
arrependimento.
No
centésimo décimo sexto dia,
Lembrarão
a nossa morte,
Na
justificativa de um
Fracasso
qualquer.
No
milésimo centésimo terceiro dia,
Saberão
a nossa morte,
Com
a curiosidade turística
Do
olhar que visita terra estranha.
No
milionésimo vigésimo oitavo dia,
Já
não chorarão, nem lembrarão a nossa morte.
No
meio de entulhos ignorados pelo tempo,
Alguém
(sem saber) guarda a nossa existência.
Displicentemente.
Há coisas que, de tão lindas, conseguem extrair de nós o silêncio mais retumbante...
ResponderExcluirNão se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você