A alma desata
Um grito engasgado,
Na boca da mata,
Terreno sagrado...
Suspiro contido,
Respiração ofegante,
Nenhum ruído...
Só o instante...
A mata sagrada
Convida o caminhante
A seguir a luz da estrada,
Ainda que vacilante...
Em passo incerto,
Adentra a mata...
A luz, cada vez mais perto...
A alma se dilata...
O humano ficou para trás,
Feito lembrança...
Silenciosa, a mata faz
Brincar a criança...
Mata - mistério,
segredos,
cemitério
de todos os medos...
O mundo já não existe mais...
Só troncos, folhas - Vida!
...E muita paz
Na alma agradecida...
Mata - que tanto bem nos faz,
Companhia segura,
Nos desvenda
A vida mais pura...
Por entre as árvores seguimos
Os passos dos Donos da mata...
Seguros, nosso caminho abrimos
Na consciência que se desata...
Brisa suave nos faz continuar...
De mãos dadas,
Eles insistem em nos mostrar
A seguir suas pegadas...
E lá vamos nós,
Seguros, mata adentro...
Escutando sempre a voz
Das folhas, da cascata, do vento...
Voz - Rosany Costa:
"A alma desata
ResponderExcluirUm grito engasgado,"
Também um dia minha alma gritou na boca da mata... deixou-se morrer... ninguém ouviu os seus gritos engasgados...
Socorrooo!
Tem alguém aí,
Que possa ouvir meus lamentos
Meus tormentos...
Minha dor!?...
Retorno ao cio da terra...
Mesmo as estrelas têm um dia seu fim.
Explodirão, desintegrarão...
Cairão pedacinhos de centelhas no Universo...
E... Surgirão novos grãos...
Novas raízes,
Novos caules,
Novas folhas,
Novos frutos,
Novas FLORES!
E. tudo recomeça,
É a vida brotando...
Um cadito da minha poesia pra ocê.
(Flor)Reinadi.
Simplesmente belo A Alma da (tua) mata!
ResponderExcluirEmocionada. Beijos fraternos.
Flor.