quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dora Brisa

Nosso olhar não é mais um só...
Nossas mãos não se tocam mais...
Das lembranças, apenas pó,
Para alguém que não se permite mais sonhar...

Ao longe, tuas palavras ainda ecoam...
Aqui dentro, o silêncio arde...
Inseguros pensamentos sobrevoam
A certeza de que tudo passou: Já é tarde!...

Com o vazio da vida, o coração emudece...
A noite chega escura, lentamente...
Com a brisa, teu nome aparece...
Em vão, busco tornar-te presente...

Mas teu coração não parece mais sentir...
Em vez da tua mão, toco apenas o ar...
Da caminhada, não posso desistir...
Reergo-me - só -, com o coração a chorar...

Pior do que a certeza de ser só,
É saber que perdeu,
Não um tesouro humano – pó -,
Mas um espírito-irmão que te esqueceu...

Assim, continuo a viver:
Sem tua mão, teu olhar...
E a alma - solitária - a sofrer
A falta do colo a sonhar...

Voz - Helena Antoun:
.

Um comentário:

  1. OLÁ AMIGA,
    MARAVILHOSO ESSE POEMA! ADOREI E ME EMOCIONEI!
    PARABÉNS!!
    ME FEZ LEMBRAR MEU FILHO E DOR DA SUA AUSÊNCIA.
    TUDO DE BOM E MUITA LUZ!
    BEIJOS,
    MARCOS GUIMARÃES

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