quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Carta de São Paulo aos Corintios

(Paulo de Tarso)

Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e dos anjos, se eu não tivesse o amor, seria como o sino, ruidoso, ou como o címbalo, estridente. Ainda que eu tivesse o dom de profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência. Ainda que eu tivesse toda fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse o amor, eu não teria nada. Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos. Ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse o amor, nada disso me adiantaria.
O amor é paciente. O amor é prestativo. Não é invejoso. Não se ostenta. Não se enche de orgulho. Nada faz de inconveniente. Não procura seu próprio interesse. Não se irrita. Não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça. Mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa. Tudo crê. Tudo espera. Tudo suporta.
O amor jamais passará. As profecias desaparecerão. As línguas cessarão. A ciência também desaparecerá. Pois nosso conhecimento é limitado. Limitada, também, é nossa profecia. Mas, quando vier a perfeição, desaparecerá o que é limitado.
Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Depois que me tornei adulto, deixei o que era próprio de criança. Agora, vemos como em um espelho, e de maneira confusa. Mas, depois, veremos, face a face. Agora, meu conhecimento é limitado. Mas, depois, conhecerei, como sou conhecido. Agora, portanto, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança, e o amor. A maior delas, porém, é o amor.
Voz - Sereníssima:

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