Dora Brisa
Vive no meio do mato,
Longe da civilização...
Não é homem, não é rato,
Mas tem coração...
É bicho do mato,
Não é homem,
Não é gato...
Com languidez particular,
Rasteja no chão desconhecido...
Lambe as feridas que fazem chorar,
Recolhe o instante aprendido...
É bicho do mato,
Não é homem,
Não é sapo...
Dos pássaros, guarda o canto...
Das árvores, a renovação...
De todas as flores, o encanto...
Do brilho do sol, a revelação...
É bicho do mato,
Não é homem,
Não é pato...
É mais mato do que bicho...
Do humano, desconhece a vida...
Não sabe o que é lixo...
Ignora a violência descabida...
Apenas bicho do mato,
Não é homem,
E fim de papo...
Voz - Helena Antoun:
sexta-feira, 1 de julho de 2011
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