Dora Brisa
Ando descrente
De tudo
De todos
De nada
Ando descrente
Até e mais
De mim mesma
Já nem ando
Fico
Fico descrente
E a minha descrença
É dura seca vazia
Toda descrente
Ausente
De qualquer crença
Fico descrente
Enquanto a crença
Perambula rota e torpe
Por algum qualquer caminho
Que não creio mais
Ou jamais cri
Se alguma crença tive
Nesta vida descrente
Foi crer que ainda
Pudesse vir a crer
Não pude
Nem posso
Por isso e com isso
Fico descrente
Na vida que me crê
Ser vivo
Ser vivente
Sem eu saber por que
sexta-feira, 22 de julho de 2011
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