segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Meu avesso

Paula Xavier

Não sou pura, nem indecente,
Nem tão meiga e tolerante,
Altruísta e diferente,
Nem bela, feliz, nem carente.
Tenho manhas, uso senhas,
A voz se altera, às vezes doce,
Outras, arranha.
Sou mulher comum que
Ama, ri e também chora.
Quero o meu avesso exposto,
Como as rugas do meu rosto,
Para não me exigires outra conduta.
Quero respeito por meus defeitos,
Tolerância por minha ignorância.
Quero querer, sem te ofender,
Me vestir de trapos,
Andar descalça,
Os cabelos prender,
E, ao meu apetecer,
Ficar cintilante,
Bonita e elegante,
Sem me desculpar,
Sem te machucar.
O meu avesso irá mostrar
O que não quiseste olhar.

Voz - Elisa:

Um comentário:

  1. Achei tão lindo Dora dito por Elisa, nem acreditava que eu havia escrito.
    Obrigada, mil beijos às duas, olha, casinha está cheia, eu cansadinha que só, mas feliz.

    Prometo depois do fusuê passar, te escrever bonito, como bonita é tua alma e de Elisa Maria minha flor do dia!
    Ficarei como anônima, não tem jeito de eu postar de outra forma.
    Beijos de nós, Eduardo não está muito legal, cinco crianças que já chegaram acho que o deixaram zonzinho da Silva.
    Te amoooooooooooooooo, o vídeo está lindo.
    Paula

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