Dora Brisa
Quisera eu, por um só instante,
Ser o mar com seu mistério,
Que traz para perto, o distante,
E faz do passado, cemitério...
Quisera eu ser o mar,
Que nada guarda ou retém,
Onde cada instante a desaguar
Não deixa pistas a ninguém...
Quisera eu, nesta vida,
Pudesse em mar diluir-me,
Sem precisar seguir a lida,
Finalmente fugir da terra firme...
Quisera eu outros mundos refletir,
E, como mar, com ondas embalar
Os sonhos do pescador a partir,
Sem destino, ou cais, a aportar...
Quisera eu embriagar-me de mar,
E, na minha inimaginável tontura,
Sobre as mais altas ondas caminhar,
Sem deixar rastros de amargura...
Quisera eu ser o mar infinito,
Que a tudo permite passagem,
Não fazer ecoar um só grito,
Nas profundezas, guardar a bagagem...
Voz - Elisa:
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Sempre me faltarão palavras pra te agradecer minha linda amiga pela oportunidade de doar a minha voz as maravilhas que tu escreve, eu viajo, me integro em cada rabisco teu, fico grande, viro gente, uma gente diferente!
ResponderExcluirum grande beijo e um abraço daqueles de quebrar costelas que todo bom gaúcho conhece!